O infinito do horizonte, a profundeza dos oceanos e o abismo do precipício: esta poderia ser a descrição de uma paisagem ou ambiente, mas são cenários que elucidam a mente humana, que é considerada um lugar sem restrições.
E é aí que entra o psicólogo, profissional responsável por estudar e analisar questões internas do indivíduo, que refletem em seu comportamento. Afinal, o que faz um psicólogo O psicólogo identifica traumas, medos e receios que podem acarretar em uma vida frustrada. “E qual o objetivo de ir ao psicólogo?”, alguns perguntam. A resposta é simples: eles ajudam a superar situações difíceis ou problemáticas.
Importante profissional na atualidade, sobretudo, com as complexidades do mundo contemporâneo, saiba o que faz um psicólogo, as especificidades desta carreira, além das possíveis abordagens da psicologia no nosso artigo de hoje.
O que o psicólogo faz?
Psicólogo é um profissional que busca entender os comportamentos e as funções mentais do ser humano. Ele aplica métodos científicos para compreender a psique humana e atuar no tratamento e prevenção de doenças mentais e melhorar sua qualidade de vida.
A profissional
PATRICIA JACOB
(CRP 18/00397)
Patrícia Jacob tem formação universitária em Psicologia pela Universidade de São Paulo (1993).
É psicóloga clínica e supervisora, atende adolescentes, adultos, famílias e casais.
Tem experiência na área clínica há mais de 25 anos.
Especialista em Psicologia Clínica pelo CFP.
Supervisora e Terapeuta Certificada em Brainspotting, com David Grand, PhD, de Nova York.
Presidente da Associação Brasileira de Brainspotting (Gestão 2013-2015)
Terapeuta Certificada em EMDR pelo EMDR Brasil, reconhecido pelo EMDR Institute-EUA. Supervisora e Facilitadora de EMDR em formação.
Membro da Associação Brasileira de EMDR.
Especialista em Terapia Sistêmica de Famílias e de Casais (CEFI – Centro de Estudos da Família e do Indivíduo de Porto Alegre-RS).
Membro da Associação Brasileira de Terapia Familiar (ABRATEF).
Formação em Psicoterapia Corporal com crianças e adolescentes (Núcleo de Estudos Neo-reichianos, com Brasilda Rocha – SJ Rio Preto).
Sem contraindicação
Tão relevante quanto saber o que faz um psicólogo, é conhecer o público-alvo do profissional, que equivocadamente é associado a pessoas com transtornos psiquiátricos.
Sem restrições, o psicólogo é indicado a todos que possuem insatisfação em qualquer âmbito, seja profissional, pessoal, amoroso ou financeiro.
Adultos ou crianças que possuem emoções a flor da pele, doenças não diagnosticadas e problemas de relacionamentos são alguns dos casos em que é necessário procurar a ajuda de um psicólogo
O acompanhamento com o profissional provavelmente solucionará pendências íntimas, resultando em uma vida mais leve, plena e feliz.
Abordagens
Psicanálise, Sistêmica, Gestalt, Humanista, Junguiana, Lacaniana, Cognitiva são alguns exemplos de abordagens ou fundamentos teóricos da Psicologia. Isto torna o processo de escolha uma missão complicada para quem procura um psicólogo clínico.
Como é difícil para uma pessoa saber qual abordagem é mais indicada para cada caso, recomendamos que o indivíduo faça uma orientação psicológica presencial ou on line para ajudar nesta decisão.
Abaixo algumas vertentes da psicologia e seus pressupostos básicos:
Psicanálise
O principal precursor da psicanálise foi Freud , que inicialmente utilizava a hipnose para tratar os seus pacientes. Após perceber que a técnica possuía algumas falhas, o médico neurologista adotou o sistema de associação livre, que consiste em falar tudo que vier a mente, sem pudores.
Uma das abordagens mais estudadas durante a graduação, a psicanálise é conhecida como um processo de autoconhecimento.
Behaviorismo
Designado também como comportamentalismo, como o próprio nome sugere, os especialistas desta escola focam principalmente no comportamento.
Para eles, os estímulos externos influenciam e definem as reações dos indivíduos. Palavras como condicionamento e meio/ambiente são expressões chaves para os seguidores desta vertente. Como já dizia alguns sábios, “o homem é o produto do meio”.
Brainspotting
Muitas vezes nos flagramos pensando em alguma coisa, perdidos em nossos pensamentos, e por algum motivo estamos olhando para determinado ponto, no espaço vazio. É como se, naquele ponto de observação, nossas divagações ficassem mais intensas, fizessem mais sentido.
Em outros momentos, ficamos cabisbaixos, com os olhos fixos em algum ponto no chão. Considerado o espírito científico, o que aconteceria se, em vez de piscarmos os olhos e retomássemos nossas atividades diárias, continuássemos a olhar para esses pontos e observássemos o que acontece? Pois no Brainspotting é exatamente isso o que ocorre! Então concluímos que esse olhar, nesse ponto focalizado, interfere no modo como pensamos as coisas. Mais do que simples olhar, esse jeito de fixar o olhar parece interferir até mesmo no modo como nossa mente funciona, como se o olhar fosse uma janela para nosso cérebro.
Trata-se, portanto, de uma metodologia de tratamento psicoterapêutico focalizado, forte e poderoso que identifica, processa e libera as fontes neuropsicológicas de dor física/emocional, trauma, dissociação e uma variedade de outros sintomas desafiadores. Pode também ser entendido como uma forma simultânea de diagnóstico e tratamento. Por suas técnicas aparentarem simplicidade, o Brainspotting oferece ao cliente um senso de contenção e de controle sobre o material perturbador que é elaborado.
Brainspotting funciona como uma ferramenta neurobiológica de apoio à relação terapêutica. Não existe substituto para a presença terapêutica, acolhedora e madura, com capacidade de incentivar o cliente em sofrimento a investir em uma relação segura, de confiança, na qual sinta-se ouvido, aceito e entendido. O Brainspotting oferece-nos uma ferramenta auxiliar dentro dessa relação clínica para elaborar sintomas que normalmente estão fora do alcance da mente consciente do paciente, de sua capacidade cognitiva e até mesmo linguística.
Formação holística
Todas em uma só. Assim é a abordagem holística, que compreende o conhecimento de várias vertentes da psicologia.
Contemplando uma visão mais ampla, os psicólogos com formação holística analisam a situação na sua totalidade, tratando cada indivíduo de acordo com suas necessidades e particularidades.
Além de conhecer detalhadamente cada abordagem, o profissional precisa entender que não existe conceitualmente um enfoque correto ou errado, mas sim aquele que mais se aproxima das suas concepções e visões sobre o homem e sua relação com o mundo.
E não se esqueça: as ideias e os conceitos, assim como os indivíduos, são maleáveis e flexíveis, logo, não tenha medo de mudar!
Referências:
Bastos, Antonio Virgílio Bittencourt, and Paula Inez Cunha Gomide. “O psicólogo brasileiro: sua atuação e formação profissional.” Psicologia: ciência e profissão 9.1 (1989): 6-15.
Bastos, Antonio Virgílio Bittencourt, and Sônia Maria Guedes Gondim. O trabalho do psicólogo no Brasil. Porto Alegre: Bookman, 2010.
Boarini, Maria Lucia. “A formação do psicólogo.” Psicologia em Estudo 12.2 (2007): 443-444.
Botomé, Silvio Paulo. “A quem nós, psicólogos, servimos de fato.” Escritos sobre a profissão de psicólogo no